domingo, 27 de junho de 2010

A Mentira


Eu, como todo alquimista, distante do consciente e próximo demais da verdade, tenho ainda, mesmo sob estas condições, minhas dúvidas.
Como são compostas as mentes de pessoas programadas para mentir?
Houve um tempo em que as pessoas, compostas de material unicamente orgânico ou meramente aos comandos de seu coração, desprendiam-se da razão. Sabiam estas que a razão era dolorida e com o tempo corrosiva, mas não tinham medo de passar por ela pra chegar onde queria seu coração e, ainda assim, o faziam.
Hoje, como se, da pele, fomos à madeira e dela fossemos ao ferro. A pele sempre a se mater quente e com isso, quente seu recipiente. A madeira sempre absorvendo a teperatura ambiente e sem recipiente nenhum, porém, com vida. E o ferro, forjado, frio, mórbido... Deles a evolução e à evolução, máquinas sem sentimento movidas por vidas que se baseiam em parâmetros que, sem eles, não há utilidade.
Assim funciona a mentira. Pra que existir? Pra que viver? Que parâmetros seguir? E a razão que vai antes, porém caminhando até o coração?
E a sua cara deslavada e sem sentimento algum ao mentir? Como consegue viver assim?
As respostas são claras: Parâmetros. Sem eles, pra que viver?
Pois, viva! Viva intensamente seus parâmetros! Até que não os tenha e, torne-se inútil.
O que pra mim, já é realidade há muito...

Nenhum comentário:

Postar um comentário