quarta-feira, 14 de abril de 2010

Enlouquecendo - Parte 2 (Roleta Russa).


Tento com todas as minhas forças acordar, levantar e olhar em volta, no espelho. Me impressiono com o tamanho da auto-destruição que acontece em baixo do meu nariz.
Meu quarto não é arrumado há mais de duas semanas. Acumula sujeiras e parece que alguém o revirou atrás de um item de um milhão de dólares.
Meu rosto está pálido de noites sem sono e minha barba parece uma Yaggdrazil hexa-centenária.
Meu estômago reclama frequentemente da falta de regularização em minha alimentação cuja fome parece custar a vir...
Em outrora, me vejo à mercê de pessoas que visam um ser que não tem tanto a oferecer a não ser o superficial. O mundo é superficial? A exceção da minha família, que parece não perceber o que está acontecendo, raramente alguém pergunta se estou bem, se vou ficar bem. Cobram minha presença e meus afazeres, minhas responsabilidades. A troco de quê?
Hoje me peguei deitado por horas. Parecia não querer levantar e, quando me cobravam, oferecia desculpas para quem quisesse engolir...
Minha vontade? De não levantar. Nunca mais.

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